PANDORGA DA LUA
PANDORGA DA LUA é um livro/cd com poemas de Jaime Vaz Brasil, músicas de Ricardo Veríssimo Freire e ilustrações de Paula Mastroberti. Todas as composições são inspiradas em ritmos que vivem e convivem na música regional do Rio Grande do Sul, executadas com a liberdade de uma pandorga e interpretadas por Ricardo Freire e grandes nomes do cenário musical gaúcho e brasileiro.
ARTISTAS CONVIDADOS
Lucinha Lins ∙ Renato Borguetti ∙ Luiz Carlos Borges ∙ Geraldo Flach ∙ Yamandú Costa ∙ Mano Lima ∙ Os Angueras ∙ Lomma ∙ Ivo Fraga ∙ Lúcia Helena ∙ Kako Xavier ∙ Pery Souza ∙ Isabela e Francesca Fogaça ∙ Mário Barbará ∙ Flávio Brasil ∙ Nelcy Vargas ∙ Fernando do Ó ∙ Maurício Marques ∙ Ângela Gomes ∙ Dani do Canto ∙ Isa Matins, Tuny Brum ∙ Elias Resende ∙ Jair Medeiros ∙ Sérgio Rosa ∙ Texo Cabral ∙ Carlittos Magallanes ∙ Carlos Garofali ∙ Pedro Guerra ∙ Marcelo Schmidt ∙ Nathália Fagundes ∙ Ana Carolina ∙ Karol ∙ Johanna.
RITMOS
Chamamé ∙ milonga arrabalera ∙ maçambique ∙ contra-passo ∙ valsa ∙ vaneira ∙ bugio ∙ chimarrita ∙ xote ∙ canção ∙ candombe ∙ marchinha ∙ milonga pampeana ∙ galopa ∙ rancheira ∙ tango ∙ zamba ∙ rasguido-doble ∙ mazurca.
É um projeto cultural e educativo que inclui apresentações e oficinas proporcionando momentos de arte, poesia, música, ilustração, teatro, dança e lazer, estimulando a criatividade, o conhecimento e a imaginação.
Pandorga no dicionário Michaelis se define assim: (Folc.: Nome comum às várias formas de um brinquedo de crianças que consiste numa armação leve feita de varetas e forrada com papel. Destina-se a ser mantido no ar, contra o vento, por meio de um fio longo. Uma grande tira, o rabo, pendendo-lhe do vértice inferior, assegura-lhe relativa estabilidade. Sinônimos: papagaio, pipa, quadrado).
Este brinquedo artesanal é universal, folclórico e está presente em muitos lugares. Somente no RS recebe o nome exclusivo de pandorga. Para nós, autores do Pandorga da Lua, poesia e música são assim: voar sem sair do chão, ensinar se divertindo, aprender brincando, enxergar com os olhos do entendimento, descobrir novas possibilidades, compreender melhor o nosso mundo. Acreditar no sonho, na vida, na arte.
(Um breve histórico de um voo poético e musical impelido pelos ventos da mais simples, sincera e profunda vontade de compor, conviver e fazer arte com as crianças. Uma trajetória construída passo a passo, através do tempo, desbravando e descobrindo, norteados por um único rumo: ensinar divertindo e aprender brincando. Ações conjugadas pelo estímulo, sabor e criatividade do inusitado verbo “pandorguear”, comprometido com o bem-estar da arte e do ser humano, da cultura, educação e saúde. Assim é Pandorga da Lua. Pandorguear? A ação. A lua: o sonho, o rumo, a realização.)
Era uma vez o projeto de um livro para a infância que descansava na “prateleira das poesias” do poeta e psiquiatra Jaime Vaz Brasil. Como e quando nasceu essa ideia? Com a palavra, Jaime Vaz Brasil:
– “Durante muito tempo, estive interessado em poemas para a infância. Mas para mim, poemas para a infância não são o mesmo que poemas infantis. Sempre fiquei incomodado com o tratamento que muitos textos oferecem às crianças. Para citar um só exemplo: os diminutivos. A maioria dos livros “infantis” são crivados de diminutivos. Criança não é um ser apequenado. Não é com inhos que se chega ao coração e ao imaginário delas. Elas percebem a clichezância muito cedo. (Ainda bem!). Pensando nisso, imaginava: se um dia escrever algo para crianças, será algo diferente, sem inhos, clichezinhos, rimas fáceis e versos fora de sintonia. Pois numa sexta feira, em Bagé, depois de conversar com meu parceiro Ricardo Freire, abri um caderno e escrevi vários poemas. Infantis? Não sei. Infantilóides? Espero que não. Para as infâncias inteligentes de várias idades? Espero que sim. (Vale lembrar: criança inteligente é quase redundância…)”.
(Jaime e Ricardo se conheceram em 1986, mas a parceria artística só aconteceu dez anos depois. Este encontro frutificou inúmeras canções que se apresentaram em festivais de música e discos de artistas do Rio Grande do Sul, deixando evidente a união e cumplicidade poética e musical da dupla).
Em 2001, Ricardo participou de um projeto musical em Porto Alegre (RS) que marcou sua trajetória profissional. O “Palco do Rio Grande” reviveu as primeiras composições e gravações musicais do Rio Grande do Sul dos anos 50. A rica imersão no cancioneiro gaúcho ajudou Ricardo a fundamentar e contextualizar com mais profundidade a história, importância e influência da música regional gaúcha. Abriu novos rumos e acendeu uma vontade incomum de expressar a sua arte neste sentido, como contribuição cultural e educativa.
Neste mesmo ano, conversando com o Jaime, citou que gostaria de compor algo diferente e pediu sugestões de letras novas. Jaime prontamente o “presenteou” com as poesias deste projeto que já nasceu batizado de: “Pandorga da Lua”.
As composições foram surgindo naturalmente, até que Ricardo se deparou com a palavra “pandorga”, uma palavra essencialmente gaúcha para um brinquedo tão universal. “Claro! É isso! Vou compor somente com ritmos gaúchos!”, decidiu Ricardo. Dito e feito. Foi o começo de um processo irreversível de pesquisas, estudos e entrevistas com diversos músicos, artistas, pesquisadores, jornalistas e pensadores da música regional do RS.
Em 2003 começaram as gravações. Diversos artistas de várias localidades, estilos e gêneros musicais foram convidados a fazer parte do projeto que, entre tantos objetivos, visava confirmar como a regionalidade autêntica é uma arte universal que pode ser tocada e cantada por diversos artistas de estilos tão diferentes.
O sábado dia 08 de maio de 2004 foi um dia marcante. Dia da estreia do musical no Theatro Treze de Maio em Santa Maria, durante a Feira do Livro de Santa Maria. O público? Crianças. E agora? Como é que se toca para crianças? É diferente? Curioso e preocupado, Ricardo procura e questiona seu grande amigo e referência musical e profissional, Geraldo Flach, que com sua experiência e perspicácia pertinente escuta sua indagação, dá uma pausa, pensa e retorna com uma simples, profunda e retumbante resposta: “Sejas tu!”, diz ele.
Certamente esta atitude foi um passo fundamental neste processo de descobertas e exposição neste novo rumo artístico. Começa uma sequência de experimentos, experiências e apresentações em diferentes locais e grupos de ‘crianças de todas as idades’, proporcionando momentos marcantes.
Em 2005, em parceria com a psicopedagoga e educadora especial Ângela Gomes e o músico e educador musical Edu Pacheco, surge a ideia de contribuir com este projeto cultural como ferramenta educacional e pedagógica. O próximo passo?
A escola e o professor. Será que esta ideia poderá servir de auxílio na educação? A prática e o feliz convívio com os professores nas primeiras oficinas deixaram claro que estávamos no caminho certo. Nasce a oficina do Pandorga da lua com o seguinte tema: “A importância da música e da poesia na educação”. Nosso objetivo? Estimular o pensamento, o gosto e as possibilidades da arte como instrumento de educação. Mostrar como a história musical de um povo pode contribuir para formação do ser humano como indivíduo e como grupo. Esta troca de ensino e aprendizagem mútuos contribuíram profundamente para uma nova descoberta artística no palco do musical: o surgimento de dois personagens de ligação com o público: Camila e Anacleto. A aluna e o professor. Confirmava-se ali o conceito e a direção do projeto: cultura e educação de mãos dadas.
Com este novo formato, acontece a primeira temporada de apresentações no teatro de Santa Maria e no final deste mesmo ano acontece a primeira divulgação internacional do projeto através de uma viagem intercultural com a CBTG (Confederação Brasileira de Tradição Gaúcha) através de diversos países da Europa.
2006 é lançado o livro/cd “Pandorga da Lua”. Começam as primeiras viagens pelos distritos de Santa Maria e cidades do interior do RS.
Em 2007 recebe o prêmio Açorianos de melhor música infantil do RS no Theatro São Pedro em Porto Alegre – RS e, a convite do consulado brasileiro faz sua primeira viagem internacional com o grupo para outro país, o Uruguay, nas cidades de Rivera e Montevideo. (Primeiras traduções das poesias para espanhol). A universalidade e ausência de fronteiras da música regional ficou bem mais evidente.
Em 2008 expande sua atuação pelas cidades do RS e apresenta-se num dos maiores teatros da América do Sul, o Teatro do SESI (Porto Alegre – RS) em duas sessões inesquecíveis para um público total de 4.000 crianças.
Em 2009, os ritmos gaúchos e a poesia em português e francês são muito bem recebidos em eventos culturais, escolas, universidades e centro comunitário em Caiena, Guiana Francesa e Oiapoque (PA). (Janete Ceccin e Madga Freire fazem as primeiras traduções das poesias para francês).
Em 2010, entre tantas “pandorgueadas”, nasce uma nova descoberta: a “showficina”. Trata-se da possibilidade de uma oficina educativa que culmina numa apresentação artística onde os participantes são os artistas, tocando, cantando, representando, contando histórias…
Assim, a oficina passou a abranger mais tópicos e possibilidades da música e da poesia na educação, tais como: construção de instrumentos, fantoches, figurinos, cenografia, contação de histórias, criação, produção e direção de roteiro para apresentação artística. A partir desta ideia as oficinas puderam incluir muito mais professores ao mesmo tempo. Através de palestras, demonstrações, exercícios, sugestões práticas e ensaios, todos puderam ter uma participação ativa e significativa no exercício pedagógico, bem como, na formação de plateia.
Neste mesmo ano o “Pandorga da Lua” foi escolhido entre os 12 melhores projetos de música infantil do Brasil através do projeto “Rumos” do Itaú Cultural, registrado em um DVD ao vivo no Teatro Itaú Cultural em São Paulo (SP) em 2012.
Assim temos “erguido” nossa pandorga ao longo de tantas “luas”. Nosso rumos? O de sempre. Cultura, educação e saúde de mãos dadas.
A apresentação do musical Pandorga da Lua destaca música, poesia e teatro com participação ativa do público.
Ricardo Freire é produtor e diretor musical do espetáculo.
Os integrantes do quinteto são:
Ricardo Freire – voz, teclado, bombo leguero, gaitinha e programação
Ângela Gomes – voz e percussão
Tuny Brum – voz e violão
Luciano Gabbi – “Anacleto”
Denise Copetti – “Camila”
Participação especial:
Sérgio Rosa – acordeon e vocal
Rider quinteto
Rider sexteto
Necessidades
Justificativas
Este projeto se justifica na necessidade de oferecer à comunidade escolar, através do aprendizado de música e poesia, uma aproximação com a arte e a cultura regional do RS, tendo como base as composições inéditas do livro/Cd “Pandorga da Lua”.
A partir das poesias do poeta e psiquiatra Jaime Vaz Brasil são criadas as possibilidades para que os participantes possam refletir sobre a palavra e a poesia enquanto instrumentos de educação.
As músicas, compostas pelo músico Ricardo Veríssimo Freire, baseadas e inspiradas em ritmos e gêneros da cultura regional do RS, oportunizam a construção de conhecimentos em música os quais estão identificados com a formação geral dos sujeitos envolvidos.
Objetivo Geral
Oportunizar situações de ensino e aprendizagem em música e poesia a partir da arte e cultura regional gaúcha.
Objetivos Específicos
– Apreciar diferentes ritmos, gêneros, estilos e formas da música regional gaúcha.
– Tocar diferentes ritmos, gêneros, estilos e formas de execução da música regional gaúcha.
– Compor a partir das experiências de apreciação e execução propostas.
– Proporcionar a reflexão sobre o uso da palavra (poesia) e o fazer musical.
– Propiciar situações de desenvolvimento cognitivo a partir do aprendizado de música e poesia.
– Propiciar situações de desenvolvimento psicológico e social a partir do aprendizado de música e poesia.
Componentes curriculares envolvidos
– educação musical
– poesia
Ministrantes
Ricardo Freire – Músico e compositor.
Ângela Gomes – Cantora, educadora especial e psicopedagoga.
Um artista ou professor convidado.
MÚSICAS
MÚSICAS
VÍDEOS
VÍDEOS
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